“Perdeu espaço por pressão política”, desabafa irmã de Paulo Henrique Amorim

“Uma pessoa muito corajosa”, disse irmã do jornalista

A morte do jornalista Paulo Henrique Amorim provocou uma profunda comoção nas redes sociais. O jornalista morreu aos 76 anos nessa quarta-feira (10) por causa de um infarto fulminante quando estava em sua casa. O jornalista teve uma carreira marcada por brilhantes trabalhos. Assim, Paulo Henrique Amorim possuiu programas em grandes emissoras da TV brasileira. O mais recente trabalho foi como apresentador do “Domingo Espetacular”, na Record TV. Mas, o jornalista estava afastado do seu posto de trabalho desde o mês de junho.

O velório de Paulo Henrique Amorim está ocorrendo desde às 10 h da manhã desta quinta-feira (11), na Associação Brasileira de Imprensa, Rio De janeiro. Marcam presença no velório do jornalista vários familiares e amigos. Além disso, o velório está aberto ao público. Paulo Henrique Amorim também tem familiares que moram fora do Brasil. Assim, o jornalista tem uma irmã chamada, Marília, que mora na França. A irmã de Paulo Henrique Amorim veio ao Brasil, às pressas, após saber da notícia do falecimento do jornalista. Além disso, a mulher concedeu uma entrevista reveladora para o portal UOL.

Marília conta que o irmão, Paulo Henrique Amorim, não tinha papas na língua. Assim, o jornalista não abria mão das suas ideias por pressões.

“A gente se adorava. Ele era meu irmão mais velho. Éramos três, minha irmã também já faleceu. Ele era meu herói, uma pessoa muito corajosa, extremamente generosa. Corajoso no embate dele de não abrir mão das ideias dele, do que ele achava que tinha que ser dito, revelado, mostrado. Uma pessoa muito corajosa, muito íntegra nas convicções do trabalho dele. Adorava trabalhar”

De acordo com a irmã de Paulo Henrique Amorim, o baque que o jornalista sofreu por ter sido afastado do seu último trabalho contribuiu para aumentar o seu desgosto. Além disso, Marília conta que o irmão perdeu vários empregos por pressão política, mas dessa vez ele não aguentou o baque.

“Falamos pouco porque estava na França. Ele teve vários casos de perder o lugar dele por pressão política. Ele escreveu pra mim e falou ‘não se preocupe não, você sabe que eu tive isso várias vezes e que eu aguento o tranco’. Ele já conhecia isso, mas claro que sempre é um baque forte. Parece que dessa vez foi demais e ele não aguentou”

Logo após o velório, o corpo de Paulo Henrique Amorim será cremado no Cemitério do Cajú, no Rio de Janeiro.

Fonte: UOL