Parecer de médico perito elucida a causa da morte da cantora Paulinha Abelha

Cantora morreu em fevereiro de 2022, mas causa do falecimento era uma incógnita

(Foto: Reprodução/Instagram)

Saiu o parecer médico sobre a causa da morte da cantora Paulinha Abelha, aos 43 anos. A cantora morreu no dia 23 de fevereiro depois de mais de uma semana em coma em Aracajú, Sergipe. Desde então, investigava-se a causa do falecimento. No entanto, os médicos que a receberam em dois hospitais da cidade não elucidaram a causa.

Coube ao médico perito Nelson Bruni Cabral investigar para que fosse dada a resposta. Segundo o médico contratado por Clevinho Santos, viúvo de Paulinha Abelha, “as lesões renais apresentadas pela paciente não possuem relação com uso de medicamentos”. A cantora, então, morreu por causa de “um processo infeccioso no Sistema Nervoso Central”.

No início de março, Clevinho Santos, viúvo de Paulinha Abelha, contratou uma assessoria médica para que a causa do falecimento da cantora fosse elucidada. Em entrevista à Quem, Wanderson dos Santos Nascimento, advogado do viúvo, repudiou as alegações de que pessoas podiam ser processadas por possíveis erros médicos. O advogado achava precipitada essas alegações já que não se tinha um laudo médico definitivo.

“Sem laudo oficial, não se pode especular nada.”

Parecer do médico perito

O presente parecer médico teve como objetivo apurar qual a patologia que motivou a internação e culminou com o evento morte da paciente Paula de Menezes Nascimento Leca Viana.

De acordo com a documentação analisada, as lesões renais apresentadas pela paciente não possuem relação com uso de medicamentos.
Baseado nos documentos médicos analisados, a lesão hepática não possui nexo causal com os medicamentos prescritos pela Clínica Cavallaro e durante a internação Hospitalar (Hospitais UNIMED e Primavera).

Exames realizados (Liquor) evidenciam uma infecção em Sistema Nervoso Central, com a celularidade demonstrando a hipótese diagnóstica de uma Meningite.

Não foi evidenciado a presença de conduta médica inadequada durante sua internação Hospitalar (Hospitais UNIMED ou Primavera). O tratamento instituído pelos citados Hospitais seguiu o protocolo específico e bibliografia médica atual, porém, houve uma rápida evolução para o óbito.
Os medicamentos prescritos pela Clínica Cavallaro e durante a internação Hospitalar (Hospitais UNIMED e Primavera), não causaram lesões e/ou intoxicação na paciente, ou seja, não existe nexo causal entre os medicamentos prescritos e o evento óbito.

Não há elementos para concluir que uma intoxicação alimentar desencadeou a patologia da paciente, porém, intoxicações alimentares podem causar lesões renal, hepática e cerebral, culminando em alguns casos com o óbito do paciente dependendo da gravidade da doença e a virulência do agente patológico.

Não há elementos para estabelecer se a procura antecipada por atendimento médico neste caso poderia conter a evolução da doença. Contudo a procura rápida por atendimento médico é na maioria dos casos o ideal para obter sucesso em um tratamento médico, porém, a evolução da patologia apresentada pela paciente foi rápida e incontrolável evoluindo ao óbito.

O óbito da paciente ocorreu devido a um processo infeccioso no Sistema Nervoso Central, conforme consta na Certidão de Óbito, e não decorrente de Intoxicação Exógena medicamentosa.
São Paulo/SP, 31 de março de 2022.

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