Padre Fábio de Melo revela crise de pânico antes de apresentação e afirma: "Deus me reergueu"

Religioso foi diagnosticado com síndrome do pânico em 2017, ano que passou a cuidar mais da mente

O Padre Fábio de Melo voltou a ser atormentado pelo pesadelo da síndrome do pânico minutos antes de uma apresentação em São Benedito, no Ceará. Apesar de voltar a ser atormentado pela doença que o persegue desde 2017, Fábio de Melo relatou com alegria que conseguiu superar o momento conturbado. Assim, o religioso faz questão de agradecer as pessoas que estavam presentes na apresentação, que segundo ele mandaram energias positivas.

“Hoje, mais uma vez, minutos antes de subir ao palco, o fantasma do pânico me revisitou. Mas Deus me reergueu através do povo de São Benedito, Ceará. Obrigado!”

Durante uma entrevista ao programa “Mariana Godoy Entrevista”, da RedeTV!, o Padre Fábio de Melo falou sobre a síndrome do pânico após ser questionado sobre tirar um tempo para descansar. Assim, o religioso relata que em 2017 foi obrigado a reservar um tempo para se cuidar mentalmente por causa da síndrome do pânico. Além disso, o Padre Fábio de Melo revela que a doença foi causada justamente por ele ocupar demais a mente com o trabalho, ficando assim sem tempo para refletir sobre a vida.

“Eu precisei fazer isso! Eu enfrentei síndrome do pânico ano passado, vivi talvez o momento mais difícil da minha história. A síndrome do pânico pra mim no meu caso, foi justamente uma fatura da vida mal vivida. Uma vida sem tempo para um cultivo pessoal absolutamente necessário porque não importa qual seja a nossa atividade, todos os humanos tem a mesma necessidade. É claro que quando a minha atividade me exige mais do que a atividade do outro, quando eu acabo tendo um ritmo de vida que é muito desfavorável aquilo que pede a minha alma, uma hora a fatura chega. Eu tenho muita necessidade e tenho sido fiel ao reconhecer essa necessidade de quietude, de silêncio”

Ainda na entrevista, o Padre Fábio de Melo conta que controlou a síndrome do pânico com medicamentos, mas principalmente quando tomou consciência da doença. Assim, o religioso afirma que logo no início da síndrome, ele pensava que estava sentido um cansaço normal devido a rotina intensa. Além disso, Fábio de Melo conta que fica preocupado por saber que algumas pessoas não conseguem identificar os sintomas das doenças mentais, assim passando a achá-los naturais.

“Quando eu comecei a ter os primeiros medos eu não tive a mesma reação de você, eu não soube identificá-los. Eu achei que era cansaço, eu comecei a tratá-los como se fosse um desgaste natural do dia a dia e não é natural. Eu fico muito assustado que nos dias de hoje a gente tenha se acostumado com algumas patologias, mentais, que são produzidas por nós mesmos, pelo nosso estilo de vida e a gente não sabe o momento exato de pedir ajuda, se acostuma com a patologia”

Questionado sobre pedir ajuda a Deus ou a ciência para conseguir enfrentar a síndrome do pânico, o Padre Fábio de Melo conta que procura primeiro os métodos científicos para só assim pedir uma cura ao divino.

“Eu não posso conceber uma religião que não compreenda a ciência, eu estaria alienado. Eu digo isso sempre, o fazer de Deus na minha vida é fazer com que eu faça, não fazer por mim. Então, toda vez que eu identifico os recursos que me chegam através do conhecimento científico, a própria terapia, como é necessário o processo terapêutico para todos nós. E como é importante a gente trazer as descobertas científicas justamente pra nos encaminhar. Eu sempre digo o seguinte, depois que eu já fiz tudo que é possível, é que eu tenho o direito de pedir a Deus o que é impossível”

Recentemente, o Padre Fábio de Melo tomou uma grande decisão na sua vida após ser pressionado a fazer isso pelos internautas. Assim, o religioso resolveu abandonar de vez o Twitter ao receber uma enxurrada de críticas após contestar a ‘saidinha’ de Dia dos Pais de Alexandre Nardoni. Para quem não lembra, Alexandre Nardoni foi condenado há mais de 31 anos de prisão após assassinar a filha, Isabella Nardoni. Assim, Fábio de Melo afirmou que o então assassino deveria sair da cadeia no Dia de Finados para pedir perdão a vítima, no caso a sua própria filha.

“Não entendo de leis, mas a “saidinha” deveria ser permitida somente no dia de finados. Para que visitassem os túmulos dos que eles mataram”

Antes de dar adeus a rede social, Fábio de Melo justificou a saída afirmando que precisava justamente cuidar da sua saúde mental. Assim, o padre afirmou que a respectiva rede social não estava lhe proporcionando mais um lugar confortável para as suas opiniões.

“Meus queridos, vou ficando por aqui. Tenho uma saúde emocional a ser cuidada. Sei o quanto já provei a solidão provocada pela depressão, pelo pânico. Tomar remédios só faz sentido quando evitamos os gatilhos dos desconfortos. Este lugar deixou de ser saudável pra mim. Obrigado!”