Neurologista brasileiro revela reação da mãe de Gugu ao saber da morte do filho: “Muito lúcida”

Guilherme Lepski deu o diagnóstico final sobre o estado de Gugu, que morreu após acidente doméstico

Gugu Liberato (Foto: Reprodução/Instagram)

O neurologista brasileiro Guilherme Lepski esteve diretamente com Gugu Liberato após o grave acidente doméstico em Orlando, na Flórida. O médico viajou na última sexta-feira (22) a pedido da família do apresentador para dar o diagnostico final sobre o estado de Gugu. Infelizmente, o neurologista acabou constatando a morte cerebral de Gugu Liberato, além de ter que dar a triste notícia para a família do apresentador.

Durante entrevista ao programa ‘Aqui na Band’, Guilherme Lepski deu mais detalhes do estado que encontrou o apresentador Gugu Liberato no hospital em Orlando. Além disso, o médico revelou a reação de Maria do Céu, mãe de Gugu, ao saber da morte do filho. Primeiramente, o neurologista brasileiro elogiou o atendimento primoroso que o apresentador recebeu, embora tenha vindo a falecer tragicamente. Assim, Guilherme explica que a medicina possui os seus limites, impossibilitando salvar uma vida mesmo que o atendimento tenha sido realizado corretamente.

“Se tivesse em um nível de coma menos grave, acho que a gente teria intervindo, qualquer um, tanto no Brasil quanto os colegas nos Estados Unidos. Importante enfatizar que o atendimento inicial, a esposa sendo médica, ela procurou acessar as vias aéreas pra permitir uma respiração mais adequada. Mas vocês saber que existem dificuldades, a pessoa contrai, a mandíbula fica rígida, é difícil essa manobra às vezes. O regate foi super rápido porque eles tem postos ali distribuídos ao longo da vila e um dos postos eram bem próximos deles. Então assim, tudo foi feito adequadamente, mas a medicina tem seus limites, infelizmente, a gente sempre trabalha pra ampliar esses limites”

O médio de Gugu Liberato revela que o apresentador chegou ao hospital no grau 3 da escala de Glasgow, ou seja, em um estado grave. Assim, Guilherme conta que isso fez com que os médicos não fizessem nenhuma intervenção em Gugu Liberato. Apesar disso, a morte cerebral só foi diagnosticada após alguns procedimentos neurológicos que são indispensáveis nesses casos.

“É importante a gente diferenciar o atendimento inicial em Glasgow três com prognostico ruim, ou seja, a perspectiva de melhora. Então, um quadro neurológico grave, com a perspectiva de melhora ínfima. Mas desse diagnóstico, os médicos falaram, não vamos fazer nada, ótimo. Decisão justificável, no meu entender perfeitamente razoável. Uma outra questão é a morte encefálica, que essa daí foi confirmada posteriormente, no caso no dia seguinte, como deve ser, em função da observação das horas mínimas que se requer, os testes clínicos que devem ser feitos, duas pessoas independentes. Na lei americana, interessante que no Brasil precisa ter um mínimo de intervalo de uma hora, lá eles não tem esse limite mínimo, então foi feito com 15 minutos de diferença. Os critérios são absolutamente os mesmos do Brasil, foram dois médicos independentes e o exame complementar mostrou que não tinha fluxo”

Guilherme Lepski conta que o motorista da família de Gugu Liberato mostrou uma foto do local do acidente, onde tinha uma pilastra embaixo do buraco do teto de gesso que o apresentador caiu. Assim, o neurologista revela que na pilastra existia marcas do impacto de Gugu Liberto, revelando assim o possível local onde ele bateu a cabeça.

“O motorista da família que participou ali dos momentos iniciais, não absolutamente do momento inicial, mas ele tava envolvido desde o princípio, fez uma observação muito relevante. Embaixo do buraco do teto onde ele caiu, logo ao lado tinha uma pilastra, eu vi a foto desse pedaço da casa. Ali tinha cabelo, um pouquinho de sangue e cabelo, ou seja, isso colabora minha hipótese. Na queda inicial, nos momentos iniciais da queda, ele deve ter batido a primeira vez a cabeça ali, isso supostamente o deixou inconsciente, que ele caiu sem as defesas naturais que poderiam ter amortecido um pouco a queda”

Questionado sobre o momento que comunicou a morte cerebral para a mãe de Gugu Liberato, o neurologista brasileiro afirmou que sempre é muito dramático nessas horas. Assim, Guilherme conta que a mãe do apresentador estava em uma cadeira de rodas, assim como embarcou do Brasil para Orlando. Maria do Céu, de 90 anos, estava lúcida e serena, segundo descreveu o neurologista. Além disso, Guilherme revela que conversou brevemente com a mãe do apresentador, que se mostrou bastante forte nos seus sentimentos.

“É um momento muito dramático, esse é o lado humano da nossa profissão. A gente tá falando de critérios técnicos, mas no meu caso foi muito mais relevante do que a parte técnica que já estava toda estabelecida. Exatamente esse aspecto que você colocou é que tava em aberto no atendimento. A família ainda tinha dúvidas, esperanças , queriam saber se podia fazer algumas coisa pra ser reversível, se podia ter sido feito uma coisa diferente, tinha algumas dúvidas que o atendimento protocolar, americano, rígido, não deu tempo que a família tinha pra assimilar esse diagnóstico gravíssimo. Foi nesse sentido que eu cheguei. Eles já estavam em uma situação dramática, já haviam sido expostos a esse diagnóstico, mas a mãe dele muito serena, tava numa cadeirinha de rodas, já estava bastante cansada por toda espera. Ela tava muito serena, muito lúcida, não se mostrou descompensada emocionalmente. Eu até falei, olha dona Maria, a senhora vai ter que ser o pilar da família porque vai ter que ajudar as crianças, são duas meninas de 15 anos, o rapaz de 18 anos. A pessoa mais idosa, já passou por tantas coisas na vida, tantas batalhas que às vezes tem uma estrutura emocional um pouco mais sólida do que o adolescente”

O corpo de Gugu Liberato está previsto para chegar ao Brasil amanhã, quinta-feira (28) e será velado na Assembleia Legislativa de São Paulo, onde os fãs do apresentador poderão se despedir pela última vez do ídolo que morreu tragicamente. O sepultamento de Gugu Liberato ocorrerá no Cemitério Getsêmani, no Morumbi, onde certamente terá uma profunda comoção dos amigos próximos, principalmente dos familiares.

Logo após a confirmação da morte cerebral de Gugu Liberato pelo neurologista brasileiro, a família do apresentador autorizou imediatamente a doação dos órgãos, que segundo o médico poderão beneficiar cerca de 50 pessoas. Conforme as informações do ‘Balanço Geral’, da RecordTV, o corpo de Gugu Liberato já foi embalsamado para o início do translado até o Brasil.

A casa onde ocorreu o acidente fatal com Liberato foi comprada pelo apresentador há quatro meses em Orlando, onde viviam os três filhos, João, Marina e Sofia, frutos do relacionamento com Rose Miriam. Em conversa com o jornalista Luiz Bacci, a esposa do apresentador questionou a estrutura do sótão da mansão, onde ocorreu infelizmente o acidente fatal com o Gugu. Além disso, a esposa do apresentador afirma que não consegue lembrar de quase nada do acidente, apenas que escutou o barulho assustador da queda de Gugu Liberato.

“Ela agradece o carinho de todos os brasileiros, todas as mensagens, ela diz que a família tá muito comovida com tanto carinho, tanto apoio que tá recebendo agora. Uma das coisas que a Rose me falou é o seguinte: ‘Bacci, como é que eles constroem um sótão dessa maneira, como que a gente podia imaginar que uma casa grande, num país evoluído faz um sótão dessa maneira”

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